O artigo demonstrará, por meio da análise doutrinária, respaldada em estatística, quanto à conciliação e à mediação, enquanto alternativas não adversariais, têm contribuído como formas eficazes no âmbito do Direito de Família para dirimir questões controvertidas de laços familiares, com ênfase na autocomposição, envolvendo as partes e o terceiro facilitador como instrumentos de desjudicialização dos processos em tramitação no Brasil. Para contextualizar, o relatório apresentado pelo Conselho Nacional de Justiça informa que 80 milhões de processos estão em tramitação em todo o país. O número expressivo de processos judiciais, representado pelos dados relevantes da pesquisa, serve de base na opção de quem busca uma justiça célere e eficaz, e conta com a razoável duração do processo para alcançar a solução de sua controvérsia, de acordo com a hermenêutica da Emenda Constitucional 45/2004. A pesquisa acadêmica analisará a questão sob o enfoque bibliográfico e de levantamento de dados estatísticos disponíveis no Núcleo Permanente de Métodos Consensuais de Solução de Conflitos, do Tribunal de Justiça de São Paulo, utilizando o método dedutivo.

Introdução -- Pacificação social de conflitos no contexto globalizado -- Implantação dos métodos alternativos na solução de conflitos como instrumentos de um Tribunal Multiportas -- Conciliação e mediação nas formas extraprocessual e processual -- Eficácia dos métodos de autocomposição no Direito de Família -- Conclusão