A discussão sobre a necessidade e o desenvolvimento da responsabilidade do Estado por danos a indivíduos de outros Estados vem de longa data, e evoluiu de várias formas, aceitando entidades privadas como atores da lei internacional, opondo-se aos Estados, por exemplo. As Estatais representam uma categoria de novos atores, reconhecida recentemente, que tem tido uma participação no comércio internacional. É incontestável que o Estado pode criar uma empresa com personalidade legal separada, para participar de certas atividades nas quais ele gostaria de entrar. Similarmente a outra empresa, ocorrerão todas as conseqüências legais de uma separação. Porém, essa separação não excluirá obrigatoriamente a responsabilidade do Estado pela ação efetuada na esfera internacional, o que explica porque tantas arbitragens e debates legais estudaram a possibilidade de não considerar a separação entre o Estado e a Estatal. Diversos padrões foram desenvolvidos a partir de um caso legal e regras de atribuição da responsabilidade Estadual foram codificadas pela United Nations International Law Commission, e foram analisadas sistematicamente no presente trabalho. De qualquer forma, essas leis e testes demonstraram ser vagos e abstratos, deixando um grande campo para a interpretação subjetiva. Com certeza eles não alcançaram a objetividade da doutrina imputável, talvez porque essa objetividade é indesejável ou inapropriada, pois essa área específica da lei possui uma individualidade que resiste à aplicação fácil das leis gerais.