Resumo: O artigo discute a possibilidade de transferência da sede em arbitragens internacionais entre o Estado e/ou empresa estatal e empresa privada estrangeira, na hipótese de mudanças imprevisíveis nas circunstâncias do procedimento, que possam levar à maculação da independência dos árbitros e, até mesmo, à denegação de justiça. O autor defende que, em geral, a sede da arbitragem tem importância secundária, mas que, em contratos celebrados pelo Estado, pode assumir maior importância e ser até uma condição para sua celebração. O autor apresenta diversos exemplos concretos, em especial o de conflito em que figuraram, de um lado, a República da Sérvia e uma estatal deste mesmo país, e, de outro, uma empresa americana, durante o governo de Milosevic. O autor também trata da competência para decidir sobre a matéria.