O artigo se propõe a analisar os pontos de contato e de divergência entre os institutos da arbitragem e da recuperação judicial, bem como o tratamento que a doutrina e os tribunais pátrios têm conferido ao assunto. Para tanto, examinamos a hipótese em que seja instaurada a recuperação judicial de uma empresa que é parte de um processo arbitral em curso, bem como a situação inversa, ou seja, em que ocorra o início de uma arbitragem após o deferimento do processamento da recuperação judicial, com base em cláusula compromissória regularmente pactuada antes e após o deferimento do processamento da recuperação. Além disso, examinamos também o cabimento da utilização da arbitragem durante o processo de recuperação judicial, como forma de solução dos litígios entre os credores da sociedade em recuperação judicial ou entre esta última e os seus credores.